GT Mobilidade 2014

Reunião GT Mobilidade da REDE Butantã
22 de agosto de 2015

Participantes:
Lúcia, Viviana, Ana Aragão, Élio, Roldão, Cacildo, João Victor, Bruno, Rafael, Andrew, Marcia.

Principais discussões e encaminhamentos:

1. Edital da licitação (pontos fundamentais com *):
*a. Texto do APÉ servirá de base para as críticas do GT sobre o Centro de Controle Operacional, que achamos que é um avanço, mas que deve ser desvinculado dessa licitação. Queremos participação dos cidadãos no planejamento, com direito a voto, e assento dos empresários sem voto;
*b. Duração dos contratos será redigida pela Marcia a partir do texto que já enviamos acrescentando outros argumentos contrários à duração de 20 anos renováveis por mais 20;
c. Parâmetros mínimos de qualidade para as linhas serão redigidos pelo Élio e pelo Bruno com base no que está no nosso documento original, aprofundado e exemplificado. Ponto 3.5.1 da minuta do edital;
d. Procedimentos da licitação para garantir participação serão redigidos pelo Élio e pelo Rafael com base em texto do IDEC;

2. Desenho das linhas:
a. Viviana vai falar com a Simone, da Diagonal, para se certificar de que eles mesmos protocolem os desenhos de linhas na SPTrans;
b. Marcia vai tentar o contato com as empresas Oficina e Logit para ver se conseguimos marcar uma reunião do GT Mobilidade com eles para falar especificamente sobre o Butantã e tentar conseguir oficinas de participação na região;
c. Dá para pensar em oficinas para o ano que vem também, junto com os Planos Regionais que articularão os planos setoriais das outras secretarias.

3. Reunião com o Jilmar Tatto amanhã:
a. Rafael, João Victor e Marcia irão à reunião para tentar falar sobre os assuntos considerados mais importantes no GT;
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Reunião da comunidade, Rede Butantã e conselheiros participativos do Butantã, com Jilmar Tatto e representantes da Secretaria Municipal de Transportes e SPTrans
29 de julho de 2015

A reunião foi agendada pelos Conselheiros de Transporte e Trânsito da região Oeste (mas são do Butantã), Élio Camargo e João Victor Pavesi. Estavam presentes o Secretário Jilmar Tatto e a Diretora Geral da SPTrans, Ana Odila, bem como os técnicos Rosilda, Vasco e Levi (que esteve na reunião da última quinta-feira do CPM-BT).

Como conselheiros participativos estávamos Carmen, Paulo Lomar, Werner Regenthal e Marcia Gregori.

Do GT Mobilidade da Rede Butantã, Élio, João Victor, Lúcia, Viviana, Andrew, Werner, Rafael, Gabriella, Cacildo e Marcia. (Espero não ter esquecido ninguém...)

Em primeiro lugar a Ana Odila defendeu o corte das linhas e disse que para racionalizar o sistema é preciso cortar e acabar ao máximo com as sobreposições. Apresentou novos desenhos de pontos de ônibus mais próximos para facilitar as transferências etc. e tal. Tudo o que quem esteve presente às apresentações da Subprefeitura já conhece.

Contra-argumentamos que para essa proposta dar certo é preciso fazer remuneração por custo operacional do sistema e não por passageiro transportado. Mas tenho a impressão de que eles já têm uma fórmula que é de 50% por passageiro transportado, 40% por custo operacional e 10% por qualidade do sistema e dos ônibus. Insistimos que essa não seria uma boa proporção e que então seria melhor se eles seguissem a proposta do Sandroni de remunerar as empresas 10% por qualidade, 20% por passageiro e 70% por custo operacional. Eles inclusive me pediram para fazer a ponte entre o Sandroni e a Secretaria para aprofundar o conhecimento sobre esse assunto. Já fiz o contato com o Sandroni. Vamos ver se ele se interessa.

A diretora da SPTrans, Ana Odila, concebe essa "racionalização" das linhas, isto é, este seccionamento das linhas mais longas, como algo a ser acompanhado de uma intensificação da frequência muito maior do que hoje, e de melhoria dos entornos dos pontos de ônibus, com calçadas, sinalização, luz, etc. de tal forma que quem descer de um ônibus e precisar esperar pelo próximo, ou tiver que andar para um ponto próximo para fazer baldeação não tenha problemas nem espere mais do que... três minutos, segundo ela. Evidente que a palavra "racionalização" provoca arrepios... mas, também segundo a própria, algumas linhas longas continuarão - as mais importantes. Um dos problemas é que no Butantã já cortaram várias linhas longas sem que tenham implementado esse admirável mundo novo antes, para que pudéssemos viver as maravilhas de tal projeto utópico.

Outro ponto a destacar é que essa licitação de agora implicaria uma revisão a cada quatro anos para ajustar as linhas, etc. a novas necessidades e políticas públicas.
Ainda: que eles são uma equipe pequena e não conseguem conhecer cada região. Apenas propor princípios gerais para a cidade, a serem adaptados a cada caso.

Portanto, o Butantã poderia ser piloto da nova configuração das linhas pois o nosso grupo apresentou um documento que demonstra conhecimento e tem propostas.

Que eles fazem pesquisa de origem e destino com os passageiros dos ônibus mas não com os motoristas de carro particular. O que significa que os trajetos que não existem, e as ruas entupidas por trânsito de pessoas que fazem os tais trajetos transversais não estão delineados.

Para pensar em trajetos transversais para nossa região é necessário ter pontos de parada claros (ex. no Bonfiglioli: onde estacionariam os tais micro-ônibus?).
Que no segundo semestre já será implantado o sistema de bilhete único recarregável na catraca do ônibus.

Falamos sobre a Faixa na Raposo, pedimos ajuda ao poder municipal nesta luta e eles estão sabendo, são totalmente de acordo e estão e pressionando o governo estadual. Mas essa é uma negociação emperrada pelo governador, por isso precisamos continuar pressionando com mobilização.

A Rosilda ficou de nos passar todo o material sobre a licitação e o desenho das linhas no Butantã para que possamos analisar e fazer propostas. O Paulo Lomar, como advogado, vai nos ajudar a ler a minuta do edital da licitação e vários colegas do GT Mobilidade da Rede Butantã, que têm afinidade com os programas de desenho que a prefeitura utiliza vão ajudar a olhar as propostas e a desenhar novas linhas. Nós já temos conhecimento acumulado para saber o que é bom ou não. Mas acho que precisamos ficar atentos quanto à remuneração das empresas, pois este é o pulo do gato.

Estamos preocupados com o desenho dessas novas linhas. Sugerimos que a prefeitura organizasse oficinas públicas no Butantã com a ajuda da Subprefeitura para que fizéssemos esses desenhos. No entanto, eles disseram que não será possível e que nós é que devemos nos encarregar disso.

Vejo alguns problemas nessa sugestão deles:

1. A Ana Odila já nos falou que "não é para vir com linha cortada refeita". Ou seja, nós teríamos que desenhar as linhas de acordo com os princípios deles e esses princípios podem funcionar na maioria dos casos, mas não necessariamente em todos. Ou seja, vamos fazer o papel de assumir um corte de linha, por exemplo, quando isso deve caber ao poder público?

2. Não temos estrutura, pessoal ou disponibilidade para fazer esses desenhos completos. Acho que podemos pensar em organizar JUNTO com a Subprefeitura umas atividades para desenho de linha, mas não daremos conta de fazer tudo.

3. O corte de linhas "racionaliza" o sistema, mas tudo depende de como eles vão remunerar as empresas de ônibus. Se continuarem privilegiando o pagamento por passageiro transportado, o corte de linha servirá para dar mais lucro aos empresários e não para nos dar um sistema de qualidade.

Elaborado por Márcia Gregori. 
Contribuíram João Vitor Pavesi e Viviana Bosi



























Reunião GT Mobilidade Urbana da Rede Butantã

17 de Maio de 2014
Parque Previdência 
Das 10h às 13h30.

Participantes:
Werner, Lenina, Roldão, Sonia, Ana Aragão, Élio, João Victor, Chicão, Toufik (Teo), Theodoro, Renato, Cacildo, Thiago, Lúcia, Viviana, Márcia.

Memória:

João Victor e Élio contaram sobre a eleição para o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, cujo primeiro pleito foi impugnado por uma chapa que se sentiu prejudicada pelo regimento. A segunda eleição contou com menor número de chapas – apenas 4, contra 13 da primeira eleição – sendo uma ligada à CET, outra aos perueiros, uma da Lapa e uma do Butantã (formada pelo João Victor e pelo Élio), que saiu vencedora por quatro votos. Foram cerca de 220 votantes e a eleição da chapa do Butantã já saiu publicada no DOM, tendo sido a posse marcada para dia 11 de junho. No conselho a configuração tem predominância do poder público e dos empresários (1/3 para cada um) e seu limite é justo, visto que é um conselho apenas consultivo. A idéia da gestão de João e Élio é conseguir acesso ao maior número de dados para trazê-los à população para discussão. É importante que os dois se apresentem no Conselho Participativo Municipal como conselheiros eleitos para o CMTT.
A partir do dia 31 de maio, a linha 577-T, mais conhecida por “Azulzinho” volta a circular até a região da Paulista, numa conquista importante do movimento popular do Butantã. A conquista rendeu frutos que extrapolam a volta da linha e que tocam na questão da importância da mobilização na conquista da cidadania. Num seminário com várias secretarias de transporte da região metropolitana os dois conselheiros foram convidados para falar sobre a mobilização pela volta do azulzinho. Esta mobilização deve se direcionar agora para a reivindicação que se mostrou prioritária neste momento: o Corredor de Ônibus na Raposo.
No encontro com o secretário adjunto de Transportes na Casa de Cultura houve demandas locais muito fortes. Entre elas da Vila Dalva, do Jardim Jaqueline, da Vila Sônia e do Monte Kemel. O Secretário adjunto ficou de responder às questões a ele entregues em breve (temos de cobrar) de voltar o “Azulzinho até o final de maio e de terminar a ciclovia até Taboão (completando a sinalização e proteção). Também se tratou da estação Butantã do Metrô, que é gerenciada pelo governo do Estado, e o problema da Lei que define a necessidade de estudo de Pólo Gerador de Tráfego não abranger obras públicas como as Estações de Metrô, o que nos indica que a Lei deve ser corrigida agora, neste momento de revisão dos instrumentos de planejamento da cidade, para passar a incluir também esses pólos. E como o diálogo entre Estado e Município é bastante difícil temos que fazer esse papel de facilitar o encontro Metrô/Secretaria Municipal de Transportes. O CADES-BT é um instrumento de pressão também.
No encontro com os alunos de graduação da FAU falou-se bastante sobre mobilidade no Butantã e sua ligação com a habitação. Os alunos se ofereceram para vetorizar as linhas que levantamos e a Marcia já enviou os arquivos a eles para que possam agilizar o trabalho.
O encontro na FAU suscitou uma discussão sobre como podemos mobilizar os alunos e a universidade para trabalhar junto com a comunidade. Como os alunos acabam “engolidos” pela faculdade e se preocupando mais em entregar os trabalhos, é preciso focar nos professores. Há várias experiências anteriores de aproximação da Universidade com o “mundo real” e podemos pensar em fazer uma ponte com os professores e alunos via GT Mobilidade, servindo de facilitadores dessa aproximação. Outro papel importante é fornecer repertório para os alunos desenvolverem projetos com nossos assuntos e usar os canais para que eles nos ajudem. Algumas estratégias foram sugeridas:
     1.  Entrar em contato, no inicio dos semestres, com a direção, com professores e/ou alunos para que disponibilizem ao final do período letivo os projetos realizados;
     2.  Pensar em projetos de extensão que já fazem essa ligação universidade/sociedade, e propor um tempo estendido, de cinco anos, por exemplo, para desenvolver um projeto vinculado a algum ou alguns professores; onde a ação dos alunos seja adaptada a essa dinâmica semestral de participação.
     3.  Demandar dos professores que retomem os avanços e que promovam trabalhos a partir dos trabalhos anteriores realizados;
     4.  Convidar, sempre que possível, os alunos para estes momentos de debate e interlocução da comunidade com as empresas e poder público e tentar desta forma plantar a semente nos alunos, para se envolverem nessas temáticas para além da universidade, em seus futuros trabalhos profissionais ou de pesquisa. É até possível, conseguir parceria com alguns deles e que passem a militar por essas causas, como já tivemos vários exemplos anteriormente.
     5.  Empresa júnior é também uma possibilidade na universidade, uma vez que há uma estrutura que continua independentemente do aluno que lá está, permitindo uma continuidade do trabalho;

Pensando no envolvimento de outros jovens, Chicão propôs propiciar o debate com aqueles que participam do Fórum da Criança e do Adolescente (FoCA-BT) sobre as temáticas da Mobilidade.

Seria interessante se apropriar de boas experiências em Mobilidade, que ocorreram em outras cidades, como Bogotá, Nova York e Berlim, privilegiando o uso de bicicletas e a circulação de pedestres.
Élio e João Victor foram a uma reunião do APE, que é uma turma da Poli que tem um escritório piloto sobre mobilidade. Agora estão focados na questão do seccionamento de linhas, principalmente no Jd. Ângela. A primeira discussão deles já virou um artigo enviado pelo João ao grupo  que tratava da questão do transporte público 24 horas. No “Azulzinho” essa discussão está na pauta junto com o seccionamento e a faixa exclusiva da Raposo.

Na reunião do Educandário, que teve a presença de representantes das cooperativas de ônibus, da CET e da Sptrans, o movimento pela faixa da Raposo também foi uma deliberação tirada e a proposta de reunião sobre o tema é de que aconteça no sábado, dia 24 de maio, no Jardim Jaqueline (local ainda a confirmar). Roldão lembra que relacionada ao tema, há uma discussão na Subprefeitura sobre a construção de uma marginal na Raposo entre o Jd. Boa Vista e o Peri Peri (corpo de bombeiros);
Lúcia falou sobre o levantamento das linhas feito até o momento: foram feitas as 124 linhas laranjas, que são da zona oeste. Os trajetos foram formatados e impressos ainda individualmente pela Márcia para se ter uma visão preliminar de conjunto. Algumas linhas não passam no Butantã (já foram descartadas pela Marcia) e há linhas de outras cores que também passam pelo Butantã e que precisam ser mapeadas. Segundo o Élio há aproximadamente 6 linhas não laranja no Butantã:  Rio Pequeno – Ipiranga (verde), Santana – USP e Casa Verde – USP (azuis), e três linhas da Francisco Morato: Santa Cruz, Princesa Isabel e Paraíso/Aclimação (marron) Há também as intermunicipais que ficarão para um segundo momento. João Victor comenta que há uma grande quantidade de empresas de telemarketing que se localizam nos municípios vizinhos como Carapicuíba e Cotia e mobilizam uma quantidade de usuários jovens trabalhadores dos ônibus intermunicipais do Butantã para acessar essas cidades.
A idéia do mapeamento é:
1. Identificar os trajetos;
2. Tabelar horários e freqüências e com esse dados pretende-se identificar buracos de trajetos e horários.
3. E para obter mais dados concretos para além do deslocamento casa-trabalho, será feito um questionário/roteiro para ser discutido (em reuniões presenciais) nas comunidades onde se identificarem esses vácuos. Os bairros que já apresentaram demandas, Vila Dalva, Jardim Jaqueline, Vila Nova Esperança, Vila Sônia e Monte Kemel, serão locais obrigatórios para marcar essa conversa com a comunidade. Também poderíamos aproveitar a presença do programa CET nos Bairros, para essa interlocução com as comunidades. A programação da CET está no site. O encontro no Jaqueline dia 24 poderia ser a primeira oportunidade.
Encaminhamentos:
1. Viviana vai completar o questionário/roteiro iniciado pela Lúcia e propor uma agenda;
2. Lúcia vai colocar no Google Docs uma tabela única onde os dados de horário e frequência serão inseridos por aqueles que já fizeram o mapeamento (cada um se responsabilizará pelo seu lote de linhas);
3. Marcia vai sobrepor as linhas levantadas até agora e vai tentar encontrá-las vetorizadas também na SPTrans;
4. João Victor vai procurar as linhas vetorizadas no CTT e na Emplasa;
5. Téo vai tentar via Transparência (www.livreacesso.net)
6. Thiago vai procurar e enviar para o grupo links, levantamentos e projetos do Ciclocidade, inclusive um levantamento sobre rotas de desejo dos ciclistas. A pesquisa de Origem-Destino (OD) de ciclistas no Butantã pode ser solicitado diretamente na página do Ciclocidade.
7. Fica definido o segundo Sábado do mês para as reuniões regulares do GT Mobilidade Urbana da Rede Butantã, sempre no Parque Previdência, às 10 horas (a menos em datas de exceção, discutidas na reunião anterior) Assim, a próxima reunião do GT está agendada para dia 14 de junho no Parque Previdência, às 10 h. Para a reunião devemos providenciar velas de citronela, pó de café e alguns tira-gostos.
MG/LMC
21.05.2014


Reunião GT Mobilidade Urbana Butantã – 8 de março de 2014.

Bate-papo com Lúcio Gregori

Lúcio propõe observar dois artigos publicados no Estadão naquela semana: “A demagogia dos ônibus”- de 7 de março de 2014 - e “Haddad admite pela primeira vez abrir mão de corredor de ônibus”- de 7 de março de 2014;
A partir dos artigos, fala do custo da passagem hoje, que deveria pagar parte de um sistema com uma frota nova, com ar condicionado, no máximo 5 passageiros por metro quadrado no horário de pico. Nesse caso, qual seria o custo da passagem? Muito mais do que os R$3,00 cobrados hoje. Ou seja, seria necessário um alto subsídio. Em Talin, capital da Estônia, há 70% de subsídio para a tarifa de ônibus. Em São Paulo, temos 15% e no resto do Brasil, ele é cruzado ou não há.

No Ciclo de Debates “Pensando São Paulo”, de 2012, um caderno da Escola da Câmara, há vários artigos falando sobre a cidade de São Paulo. O Lúcio escreveu um artigo falando da qualidade do sistema de transporte coletivo e dos ônibus. Ele enviará o PDF desse caderno para o GT.

Lenina fala do metrô como sistema estrutural na cidade, devendo os outros modais se adequar a seus eixos.

Lúcio coloca que o metrô é um sistema tronco-alimentado. Ele funciona numa linha reta ida e volta, alimentado pelas linhas de ônibus. No entanto essa estrutura só funciona com uma rede de metrô extensa, construída junto com a cidade. Uma alternativa seria as linhas de ônibus serem um sistema tronco-alimentado.

É preciso que haja mediação com os usuários.

Werner sugere que se pense num órgão metropolitano que integre o sistema de transportes da metrópole, pois hoje o metrô é do estado, os ônibus são municipais, há ônibus intermunicipais. Esse sistema não é integrado nem eficiente.

A Região Metropolitana de São Paulo foi criada em 1973.
Em 1988 foi discutida a importância da autonomia municipal. E o transporte considerado um serviço de peculiar interesse de cada município.
A EMTU tem um alcance limitado porque não pode entrar mais do que X km dentro de outro município. Hoje, a mesma empresa que trabalha para a EMTU, fornece uma linha municipal para a prefeitura da cidade.
Portanto, com certeza temos de ter uma autoridade metropolitana.

Téo fala da relação entre transporte- especulação imobiliária e pergunta por que não há sanções se o serviço é ruim?
Sugere-se que falemos com vereadores. No entanto, a SPTrans é que trata das linhas, sem passar pelos vereadores.

No Brasil, há cerca de 6 grandes empresários de ônibus. Cada um deles tem entre 3000 e 5000 ônibus. Eles se associam com famílias locais e fazem o transporte coletivo em diferentes cidades. É importante olhar nessa perspectiva dos grandes interesses que são mais amplos que os locais. O próprio Plano Diretor já vem articulado por esses interesses.

Téo cita que no Butantã, por exemplo, a especulação atropelou o plano vigente. Tudo aconteceu sem nenhuma intervenção viária pública. Há a liberação de empreendimentos sem controle.

Lúcio coloca que é importante termos um plano para a cidade e que essa é, decididamente, uma discussão de caráter político. Temos que tirar a ideia da técnica isenta, as disputas são políticas. Por exemplo, o financiamento público de campanha tem que ser implantado, pois hoje o financiamento de campanha é um investimento que quer retorno.
Outra luta importante é pela democracia participativa, com plebiscitos, recall, conselhos deliberativos etc.

Silvana (de Pinheiros) fala da integração de todos os modais como uma alternativa melhor do que o foco apenas nos ônibus. Para se resolver a mobilidade é preciso descentralizar, ter zonas mais mistas e ir além do metrô e do ônibus. A população também precisa de espaço para participar e se colocar. Como fazer isso?

Lúcio fala que a construção de uma cidade dependente do carro e de um zoneamento truncado, que não permite diversidade leva a cidade que temos hoje, espraiada em função da industrialização baseada no automóvel e no petróleo. Hoje vemos o prefeito Haddad fazer tanta coisa e não fazer propaganda. Já os automóveis fazem propaganda a toda hora. No entanto, as TVs são concessões públicas, mas não têm quase nenhum regulamento. Precisamos descobrir os espaços e achar caminhos para desmontar essas realidades.

O GT de Mobilidade Butantã pretende discutir a mobilidade na Região do Butantã. Um dos temas importantes é a ligação Norte-Sul pela avenidas. Sugeriu-se um túnel, a respeito do qual os moradores do Butantã são absolutamente contra, pois ele responde à lógica do automóvel. Qual o tipo de transporte indicado para fazer essa “costura” entre as avenidas e bairros do Butantã?

Sobre a polêmica a respeito das faixas de ônibus, consideradas ineficientes, trata-se de uma iniciativa válida de romper com a lógica do automóvel e de priorizar o transporte coletivo. Além disso, não é possível fazer corredores em todas as vias e para que eles funcionem de fato seria necessário uma estrutura mais complexa.

Sobre o seccionamento de linhas é preciso explorar a questão da dupla tarifação da linha seccionada; o fato de que os terminais estão sobrecarregados e de que hoje o sistema não tem corredores tronco-alimentados. Além de se perguntar o porquê de não haver micro-ônibus intra-bairros e transversais.


Lucio fala que no início da urbanização, a lógica da atividade econômica era ter o trabalhador próximo ao trabalho e isso era providenciado pelas indústrias e pelas grandes unidades agrícolas que estavam interessadas no serviço. Com a diversificação, o transporte passou a ser uma atividade de responsabilidade do poder público. O movimento pendular, da ida e volta ao trabalho, é ainda a lógica da mobilidade na cidade. Uma das principais questões a serem pensadas é como fazer com que o transporte coletivo seja o mais parecido com o transporte individual. As linhas transversais, diferente das pendulares, não são “eficientes”. Portanto, precisam ser financiadas. Outra questão importante é qual a ideia que se tem de mobilidade. Basta fazer o pêndulo? Ou a mobilidade é uma questão de direito à cidadania? Para que o transporte coletivo seja eficaz é preciso entender vários aspectos. O primeiro deles é como se contrata e se calcula um transporte. O custo de uma viagem de táxi com 1 ou 3 passageiros é o mesmo. Portanto, passageiro não é viagem, mas receita. No governo Luiza Erundina mudou-se a forma de contratação e passou-se a contratar por fretamento. Passou-se a pagar o custo diário de um ônibus limpo, regulado etc. A receita dos ônibus ia para a Prefeitura. A tarifa, que é receita, era fixada numa planilha. Não é necessário estatizar o transporte porque o investimento inicial é muito alto, ao passo que quando se freta uma frota, esse investimento fica por conta do empresário. Hoje o sistema é ruim porque é pago pelas pessoas de baixa renda. Quando as pessoas de poder aquisitivo passarem a usar o sistema, ele certamente ficará melhor.

Se a mobilidade é a característica básica do urbano, da vida urbana, hoje podemos defender a tarifa zero, assim como defendemos a saúde e a educação públicas. O não pagar muda tudo, porque abre-se o direito à cidade a todos os cidadãos. Quem tem mais e se beneficia mais com a estrutura urbana paga mais imposto para viabilizar esse subsídio. Hoje o imposto maior é o indireto. Por isso quem ganha menos acaba pagando proporcionalmente mais imposto do que quem tem e recebe mais. A opinião pública sobre projeto de tarifa zero, ou seja, de subsídio total do transporte pelo poder público a partir de uma reforma tributária, teve, segundo uma pesquisa da Toledo&Associados de 1990, 68% de pessoas a favor, sendo que 76% eram também a favor da reforma tributária. Isso prova que não é possível fazer a tarifa zero apenas em pequenos municípios, mas que é preciso ter uma atuação política no sentido de democratizar a cidade, com uma reforma tributária condizente com esses princípios.


A mobilidade exige que se pense nas ações que podemos tirar na prática. Precisa ser encarada na sua dimensão política, por isso não pode ser deixada na mão de técnicos. A participação direta da sociedade civil é fundamental para se mudar a perspectiva e a qualidade da discussão.



Reunião GT Mobilidade Urbana Butantã –   11 de fevereiro de 2014-02-12         
Pauta 
1. Informes    
2. Candidaturas ao Conselho Municipal de  Trânsito e Transporte
3. Organização do Debate    
I.          Informes:       
1. Dia  14        de        fevereiro,        manifestação  na        Praça  Elis      Regina.           Na       última  manifestação            pela     volta    do        577T/10          Vila      Gomes/Jd       Miriam,           um       gerente           de            operações       da        SPTrans         ofereceu         mediação        e          sugeriu            um       ônibus            circular            entre    Vila      Gomes            e          Estação          Butantã           do        Metrô. Como  essa            não      é          a          reivindicação, haverá nova    manifestação  na        6ª        feira,    dia       14,       às            18        horas   na        Praça  Elis      Regina.           A         manifestação  sairá    às        19        horas   pela            Corifeu            no        sentido            centro;
2. Dia  20        de        fevereiro,        quinta-feira,    às        18        horas   na        Prefeitura        (Viaduto          do            Chá):   audiência        com     o          Secretário       Municipal        de        Transportes,   Jilmar  Tatto    A            audiência        foi        articulada        pelo     MPL    e          o          formato           ainda   não      está            definido.          João   Victor  irá        com     perguntas        para     encaminhar    ao        Secretário       caso            seja     possível.          Também         levará  um       documento     escrito para     entregar          ao            Secretário       reiterando       o          pedido dos      moradores      do        Butantã           de        volta    de            várias  linhas   de        ônibus que      foram  alteradas         ou        extintas           na        região;
3. Dia  13        de        fevereiro,        5ª        feira,    haverá uma     conversa         com     o          Vereador         Nabil            Bonduki         para     falar     sobre   a          retirada           do        desenho          do        túnel    que            reapareceu     no        Plano   Diretor Estratégico.    Participarão    do        encontro         o          Sérgio Reze,            a          Aline   Sasahara,       o          Renato            Mancini           e          a          Sonia   Do;     
4. Elio  escreveu         um       documento     falando            sobre   a          linha    577T/10          e          entregou            ao        João    Lindolfo,          articulador       comunitário     da        SPTrans         e          morador          da            Previdência.   No       documento,    Elio      disse    que      o          corte    da        linha    foi        um       erro            e          que      ela       deve    ser       retomada        sem     qualquer          alteração;       
5. Outras         linhas   alteradas:        Largo   da        Pólvora/João  XXIII    (cortada          no        final     de            semana),        Cohab Educandário/Center   Norte   (o         final     foi        alterado           para     Terminal            das      Bandeiras);    
6. Conselheiro            Extraordinário no        CPM.  Werner            Regenthal,      colega da        Rede   Butantã,            é          candidato        ao        Conselho        Participativo    Municipal        como   Conselheiro            Extraordinário.            As        eleições          estão   em       fase     de        organização,   mas     parece que            ocorrerão        no        dia       30        de        março em       local    ainda   a          definir. Pode   acontecer            de        se        dar       apenas            em       um       local,   na        Conselheiro    Crispiniano,     o          que            complicaria     muito   a          votação           dos      moradores      de        outras  regiões            que      não            a          central.            Portanto,         temos  que      nos      mobilizar         para     que      as        eleições            aconteçam    em       cada    subprefeitura  que      terá      conselheiro     extraordinário;           
7. DATA???    Eleição            dos      Conselhos       de        Saúde (UBSs,            AMA    e          Supervisão)   
8. 13    de        fevereiro.        Reunião          do        CADES-BT     com     a          participação    da        Loga    para            falar     dos      contêineres     e          da        coleta  de        lixo      na        região, e          da        Sabesp            para     falar     sobre   o          projeto Córrego          Limpo;
9. 15    e          22        de        fevereiro.        Eleições          para     o          Conselho        Municipal        de            Trânsito           e          Transportes    (ver     discussão        detalhada        a          seguir);           
II.         Conselho        Municipal        de        Trânsito           e          Transportes   
O         Conselho        será     eleito   em       dois     dias     diferentes:      
Dia      15        haverá as        eleições          dos      representantes           por       segmento,       que      ocorrerão            em       salas.   Ou       seja,    quem   está     numa   sala     vai       votar    apenas            no        segmento            que      está     sendo  discutido         naquela           sala.    O         candidato        do        GT       Mobilidade            Urbana            Butantã           é          o          Elio      J.B.     Camargo,       que      concorrerá      pelo            segmento        dos      idosos. As        eleições          vão      acontecer       neste   sábado,           dia       15            de        fevereiro,        entre    as        8h30                e          as        12horas,          na        Universidade  Nove            de        Julho,  Rua     Vergueiro,       235/249.                     Haverá            apenas            uma     vaga    no            conselho         por       segmento,       portanto          precisamos     de        muito   apoio   ao        Elio      para            que      ele       consiga           a          vaga;  
Dia      22        haverá as        eleições          para     os        representantes           por       região. Cada   região  terá apenas            um       conselheiro,    ou        seja,    Butantã,          Pinheiros,        Lapa,   terão    apenas            um            conselheiro.    João    Victor  Pavesi será     o          candidato        do        GT       Mobilidade      Butantã            para     nossa  região. É         importante      marcar            a          posição           do        Butantã           na            questão           da        mobilidade      e          se        conectar         com     pessoas          das      outras            subprefeituras.           Como  o          representante por       região  deve    ter        uma     chapa  com            suplente,         João    Victor  vai       mapear           candidatos      para     tentar   compor           com            pessoas          de        outras  regiões            (da       zona    oeste)  ou,       caso    não      consiga,          falará            com     alguém            da        Vila      Sônia   ou        da        Raposo.          As eleições     vão      acontecer            no        sábado,           dia       22        de        fevereiro,        das      8h30    às        12        horas   na            Subprefeitura  de        Pinheiros.        Precisamos    de        mobilização    via       Rede   Butantã           para            conseguir        eleger  o          João    Victor;
III.        Audiência        com     Jilmar  Tatto    no        dia       20        de        fevereiro         Em      virtude da            proximidade    da        audiência        com     o          Secretário       Tatto,   o          Grupo  de        Trabalho            optou   por       discutir            as        ideias   que      o          João    Victor  levará  à          audiência        por            escrito e          questões         que      ele       poderá fazer    sobre   os        transportes      no        Butantã            (caso   o          formato           possibilite        este     tipo      de        debate).         
1. João            Victor  levará  uma     carta    com     as        reivindicações            mais    imediatas        do            Butantã.         
2. As    questões         específicas     devem virar     questões         sobre   a          cidade:
a. O     corte    de        linhas   obriga  os        passageiros    a          fazer    mais    transbordos.    Estes  
b. Por  que      a          remuneração  das      empresas        segue  sendo  por       passageiro
c. Por  que      seguem           se        fazendo           as        concessões    de        longa   duração?        E         por            que      são,     em       sua      grande maioria,           impróprios       (distantes        demais,           muito demorados).   O         corte    das      linhas,  como   está     sendo  feito     hoje,    é          bom     apenas            para            os        empresários.   Até      porque a          remuneração  das      passagens      é          integral            (mesmo          na        utilização         do        bilhete único,  em       que      o          passageiro      só        paga            a          primeira          passagem       caso    ande    apenas            de        ônibus).           Como  melhorar            e          dinamizar        isso?;   transportado? Por      fretamento      os        ônibus andariam        mais    vazios            e          seriam uma     alternativa       viável  ao        automóvel;      os        consórcios,     que      hoje     são            8,         diminuirão       para     3?       
d. Por  que      antes   da        mudança        das      linhas,  não      se        faz       um       estudo minucioso       e            uma     discussão        democrática   junto    à          população       para     se        fazer    linhas-tronco   de            alta      frequência?    uma    das      opções?;        
e. Faixa           exclusiva        X         corredor.         Quais  as        diferenças       e          vantagens       de        cada           
f. Por   que      não      há        uma     unificação       dos      sistemas?       Como  isso      é          possível.         

As        perguntas        formuladas     na        primeira          reunião            do        GT       Mobilidade      Urbana            Butantã           (questões        que      estão   na        ata       divulgada        na        Rede-BT),       nas      quais            constam          reivindicações           específicas     da        nossa  região, foram  impressas       e            entregues        ao        João    Victor  para     a          elaboração      do        documento     a          ser            entregue         na        audiência.       Na      próxima          reunião            do        GT       Mobilidade            Urbana            Butantã           será     feita     uma     avaliação        sobre   a          manifestação, as            eleições          e          a          audiência        e          começaremos            a          fazer    trabalhos            práticos           de        levantamento  e          estudos           de        alternativas     para     a          mobilidade            na        nossa região,  incluídos          aí,        pedestres,       ciclistas,          portadores      de        deficiência            e          todas   as        formas            de        mobilidade      que      temos  na        cidade.

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