Reunião 06.Dezembro.2017 – CRESAN-Butantã (Rua
Nella Murari Rosa, 40)
A reunião teve a participação de 11 (onze) pessoas, e com este grupo
menor do que o habitual, optamos por também fazer a organização da reunião de
forma mais “solta” e já na apresentação dos presentes fomos levantando temas de
debate, informes e procurando colocar ideias e encaminhamentos para 2018 ou
ainda para este finalzinho de ano.
O registro da reunião foi feito da mesma forma, e expõe abaixo separando
conforme o tema ou a ordem em que foram levantados:
Previdência - A partir do relato de participante que está com dificuldades para
agilizar sua aposentadoria (demora de documento atestando período de trabalho
no serviço público estadual) embora preencha os requisitos para aposentadoria,
levou a conversa sobre a importância de fazermos uma reunião com esta temática
e temas correlatos, relativos ao trabalho. Inicialmente pensamos em colocar
este tema na primeira reunião do ano, em fevereiro. Depois, optamos por fazer a
reunião de fevereiro na Cohab Raposo Tavares que já havia trazido o convite
para que a reunião acontecesse lá. Assim, ficou sinalizada a ideia de realizar
reunião com esta temática em março, no Ponto de Economia Solidária, convidando
a Adriana (Assistente Social do INSS) para fazer uma apresentação sobre
aposentadoria e contando com o apoio da equipe do Ponto de EcoSol organizar
outras questões relativas ao trabalho. Avaliar também a possibilidade de
organizar seminário com data em horário alternativo.
Manutenção de Parques no Butantã – Houve drástica redução de pessoal na manutenção
de parques e os contratos para limpeza são bastante precários. A vigilância
também está precarizada e especialmente os parques que estão em áreas mais
pobres sofrem com pequenos furtos de papel higiênico, torneiras e lâmpadas.
Parque Raposo Tavares está sem administrador e o administrador do Parque
Previdência está respondendo pelos dois parques. Isto acontece em outros
parques da região que compartilham um mesmo administrador: Cemucan e Parque
Juliana de Carvalho Torres tem o mesmo administrador. Este acumulo de cargos
dificulta acompanhamento mais próximo. Importância do fortalecimento dos
Conselhos Gestores de Parques e do acompanhamento pela população.
Parques do Butantã acabam tendo baixa utilização pela população uma vez
que a verba destinada a eles vai para contratos terceirizados de limpeza e
segurança (que não funcionam) e não há investimento em programação cultural e
educação ambiental. Não existe política pública no sentido de estimular a
participação popular e existe um processo de desmonte da coisa pública.
- Situação do Pq. Linear Caxingui –
Há liminar suspendendo a construção de prédios, mas esta liminar pode e deverá
ser derrubada.
- Parque Linear Itararé, na Vila
Sonia que não acontece.
- Sugestões: Organizar ato público
denunciando a situação dos parques; Retomar a carta 2017 e fazer textos
pequenos e mais jornalísticos que facilite a divulgação na mídia; fazer reunião
com temática do meio-ambiente no Parque Chácara do Jóquei.
Situação do Parque Linear Sapé – Plantão Social
O Parque Linear do Sapé foi o
primeiro parque linear de São Paulo, realizado com verba compensatória
ambiental. O processo foi iniciado com o Subprefeito Maurício Pinterich, ainda
na gestão do Prefeito Gilberto Kassab. O processo deste Parque Linear foi muito
exitoso, propiciou a construção de prédios populares para as famílias q eu
viviam em barracos à beira do Córrego, que era um verdadeiro esgoto a céu
aberto. Este córrego, com participação da Sabesp e, especialmente, da população
que fez inúmeros mutirões de limpeza e de conscientização da importância de
tornar este córrego um exemplo da possibilidade de recuperação de águas limpas.
Existe hoje na área do Sapé um
terreno grande, pertencente à Secretaria de Habitação e que deverá ser
destinado a construção de prédios populares que abrigarão famílias cadastradas
que estão em outros espaços recebendo aluguel social. Neste terreno existe uma
construção onde funcionou até recentemente o Plantão Social da Secretaria de
Habitação. A importância da manutenção deste espaço gerou documento da Rede Butantã
solicitando à Prefeitura Regional que intercedesse junto aos órgãos pertinentes
para que este espaço seja preservado e que se evite assim uma nova onda de
ocupações e a consequente perda do espaço de convívio e também das condições
ambientais.
Infelizmente, o espaço tem estado
abandonado e a ocupação é iminente.
Soubemos também que o Prefeito
Regional fez pronunciamento dizendo que solicitações da Rede Butantã não serão
realizadas. Devemos tomar alguma atitude com relação a isto? A interpretação de
politização da Rede como partidarização da Rede é equivocada e maldosa. Pior é
responder a demandas da população de forma negativa porque foram encaminhadas
pela Rede Butantã.
Sugestão: Comparecer a reunião
realizada pelo Prefeito Regional com as várias áreas do Governo Local para
falar da situação do Sapé. Levando em conta esta animosidade do P.R. com a Rede
Butantã, achamos que não seria interessante forçar participação já sabendo que
não seremos bem recebidos (outras situações de desrespeito e não escuta já
aconteceram).
Sobre esta reunião promovida pelo
Prefeito Regional comentamos também que embora ela de fato seja importante para
a comunicação entre os vários atores de diversas áreas, a informalidade também
representa muitas vezes falta de compromisso. Importância da burocracia é
justamente para que se registrem compromissos e se tenha condições de
cobrá-los.
Mais uma vez pontuamos também a falta
de espaço de participação do Conselho Participativo, que não é convidado a
participar de nenhuma das reuniões chamadas pelo Prefeito Regional.
Resgatar e divulgar em espaços
possíveis, textos e vídeos sobre o Sapé:
Situação do HU – Apesar dos vários atos que tem sido chamados pelo Coletivo Butantã na
Luta e pelos estudantes da Medicina e Enfermagem da USP, q eu estão em greve já
há 20 dias, a reitoria da USP manteve em reunião do Conselho Universitário a
posição de não contratação em 2018. Isto agrava a cada dia as condições do
Hospital Universitário, que é o único hospital da região do Butantã. A Rede
Butantã fez faixa de apoio a luta pela manutenção do Hospital e tem participado
dos atos e manifestações (Próxima manifestação: 7 de dezembro – Passeata na
Vital Brasil).
Violência/Segurança – Novamente conversamos sobre a importância de
organizarmos o GT Violência e organizar seminário que qualifique a discussão do
tema. Mais uma vez conversamos sobre a participação em reuniões dos Consegs da
região e consideramos a questão polêmica uma vez que existe pouca escuta nestes
conselhos e o discurso é com frequência divergente do que propomos nesta
rede, com defesa de direitos humanos.
Por outro lado, consideramos que a omissão também não contribui e retomamos a
ideia de fazer acontecer em 2018 tanto o GT Violência como um grande seminário que
contribua para a reflexão sobre o tema de forma qualificada.
Eleições para o Conselho Participativo – Problemas básicos no processo eleitoral – falta
de informação, ausência de lista de presença, boca de urna, apuração sem
fiscalização – dão motivos de sobra para a impugnação destas eleições, no
entanto, a questão é se impugnando as eleições a prefeitura não se aproveitará
disto para acabar de vez com o Conselho Municipal. O Conselho Participativo do
Butantã não recebeu da P.R. resposta a nenhuma das reivindicações e/ou
questionamentos enviados e o interlocutor (Mário Pecoraro) participa das
reuniões mais como espião e investigador do que como interlocutor. Resultado
das eleições deve ser divulgado ainda neste ano.
Cresan-Bt – Primeiro Centro de Referência Alimentar e Nutricional de São Paulo.
Hoje existe mais um na Vila Maria. A luta por este espaço e a existência deste
Centro se deve a forte mobilização de atores do Butantã, inclusive a Rede
Butantã que com o Instituto Pólis fez a reivindicação e cobrança junto ao poder
público para que se concretizasse. O Cresan tem várias iniciativas com a
população do entorno, tem uma horta bastante grande e produtiva, estimula a
formação de cooperativas. Conselho Gestor atuante.
O território – O Cresan fica ao lado de uma das entradas do Parque
Raposo Tavares, bastante próximo ao Centro
de Reciclagem da Cooperativa Vira Lata, que recebe material de outras
regiões e não do Butantã (questão de logística das coletadoras de recicláveis
que tem uma distribuição não obrigatoriamente com lógica geográfica). O Centro de Abrigamento Provisório (CTA)
também está bastante próximo e passamos em frente ao ir para a reunião.
Reavaliamos a ideia de fazer a visita neste mesmo dia porque sentimos por parte
da segurança do local um certo cuidado
em deixar alguém entrar. Reavaliamos e consideramos importante marcar com a SAS
esta visita, até mesmo em respeito aos abrigados, para não sermos invasivos. O
Cresan fica bastante próximo também do Shopping Raposo e dos prédios que o
cercam e também da Favela Jd. Jaqueline, que é o público mais próximo do Cresan
(Em uma pesquisa rápida no Google encontrei uma dissertação de mestrado
publicada em PDF sobre o Jardim Jaqueline. Me pareceu interessante e por isso
deixo o link aqui: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-04022014-104858/pt-br.php
).
Encaminhamentos, ideias para 2018:
1.
Fazer
reunião de organização em janeiro. Chamar pelo grupo os interessados em se
envolver mais com a organização da Rede Butantã. Nesta reunião organizar
proposta de calendário e atividades para 2018 para apresentar na reunião de
fevereiro;
2.
Fazer
os encontros por distrito, como fizemos em 2016. Contribuem para fortalecer a
participação da população, podem ajudar a aproximar grupos e ajudam na
atualização da carta da Rede;
3.
Organização
de seminários temáticos conforme possibilidades e demandas;
4.
Organizar
atos da população para reivindicar ações em questões como o Sapé;
5.
Mobilizar
mais jovens;
6.
Fortalecer
interlocução com imprensa (mídia alternativa e grande imprensa);
7.
Participar
mais de discussões em redes sociais – posicionamentos mais firmes e intensos.
8.
Organizar
lançamento de livros, apresentação do POP.
Próxima reunião: 7 de fevereiro – Centro Comunitário Cohab Raposo
Tavares