CARTA MANIFESTO
Prezados(as) jornalistas, legisladores(as), autoridades do
executivo, conselheiros(as) da sociedade civil, população em geral,
A Rede Butantã de Entidades e Forças Sociais, movimento existente há mais de vinte
anos na região da Subprefeitura Butantã, se reunindo mensalmente para discutir
os problemas neste território, desde o início da Pandemia do Covid-19, passou a
se reunir semanalmente para tratar as questões urgentes que estão penalizando a
nossa população mais fragilizada. Nos últimos encontros, e na reunião de 17 de
março, quando tivemos a presença de mais de 40 pessoas – lideranças
comunitárias, servidores da saúde, conselheiros regionais, cidadãos da região –
se escancarou a situação crítica que está se agravando nas áreas mais
vulneráveis da Subprefeitura, em especial no Distrito Raposo Tavares, foco de
grandes empreendimentos habitacionais, que vive uma sobrecarga sem precedentes
sobre a estrutura de atendimento à saúde:
- Um dado chocante que tivemos conhecimento nesses encontros é a
gravidade decorrente da falta de capacidade do atendimento psicossocial,
com o aumento assustador do número de suicídios e dos casos de abusos pelo
uso de álcool e drogas;
- A lotação do Pronto Socorro Municipal Dr. Caetano Virgílio Neto
(PS Bandeirante) que está atendendo em capacidade máxima, assim como as
AMAs – Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (atendimento clinico)
da Região, com demanda crescente, inclusive, da população dos municípios vizinhos
(Osasco, Cotia, Taboão da Serra) se apresenta cada vez mais perigosa;
- O número de profissionais de saúde afastados pelo COVID-19, ou que
estão se aposentando, e a falta de reposição de quadro nas Unidades
Básicas de Saúde não tem a devida atenção do poder público nesta
época crítica.
Apelamos às autoridades que tomem providências urgentes e se
comprometam a atender ao GRITO DE SOCORRO dos profissionais de saúde no sentido
de abrir os leitos ociosos do Hospital Universitário, que inclusive já obteve aporte
financeiro para isso, contratando de forma emergencial os profissionais
necessários e equipando este hospital para atendimento imediato dos inúmeros casos
de Covid que necessitam ser socorridos já. Reiteramos a necessidade que
esse investimento para atendimento tão necessário seja mantido no pós-pandemia.
É imperioso que esse triste quadro que enfrentamos agora, seja revertido logo.
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