sexta-feira, 24 de junho de 2022
Manifestação de Apoio ao Ponto Ecosol
A Rede Butantã de Entidades e Forças Sociais manifesta publicamente seu total apoio ao Ponto de Economia Solidária, Comércio Justo e Cultura do Butantã, que tem seu espaço físico ameaçado pela intenção da atual diretoria do Instituto Butantan de construir, justamente em sua área, um estacionamento.
Se temos muito orgulho de ter em nosso território o Instituto Butantan, que presta há mais de um século serviços inegáveis e importantíssimos à população, temos também igual orgulho pelo nosso pioneiro Ponto Ecosol!
Acompanhamos a criação deste serviço em 2016, em uma casa na Corifeu 250 que estava praticamente abandonada. Muito rapidamente o espaço foi ganhando vida! E chamando vida para dentro dele com a realização de cursos, rodas de conversa, feiras de artesanato, seminários e reuniões. Com seus empreendimentos de geração de rend, a Comedoria Quiririm, Orgânicos no Ponto, Livraria Louca Sabedoria, Loja Pé a Biru e horta Quintal do Teiú, não ajuda apenas os seus trabalhadores e trabalhadoras mas sim a todas as pessoas que frequentam este espaço de cura.
Em momento como este, em que continuamos abalados e atingidos pela Pandemia de Covid, a existência deste espaço é tão importante quanto a vacina contra Covid que tem salvo tantas vidas. O Ponto com seus portões abertos, seu muro de vidro e seu acolhimento carinhoso é vacina contra o preconceito, a tristeza, o isolamento, a alienação.
Por mais Pontos como este! Por muitas parcerias de cuidado de saúde! Salve o Instituto Butantan e o Ponto de Economia Solidária e de Cultura do Butantã! Que redes de apoio se fortaleçam e projetos se repliquem e ampliem!
São Paulo, 24 de junho de 2022
sexta-feira, 3 de junho de 2022
O Ponto Butantã é vacina contra a exclusão social e contra o preconceito. Apoie essa causa!
O Ponto de Economia Solidária e Cultura do Butantã está em risco, o imóvel onde funciona, localizado na Avenida Corifeu de Azevedo Marques 250, Vila Pirajussara Butantã, foi solicitado pelo Instituto Butantan para fazer um novo portão de entrada como parte das suas obras de expansão em andamento.
São 30 anos de luta pela reforma psiquiátrica antimanicomial no Brasil, na perspectiva da desinstitucionalização, onde a liberdade é terapêutica. Com a proposta de ser um equipamento público inovador para avançarmos no cuidado em liberdade, comunitário e territorial no SUS, o Ponto de Economia Solidária e Cultura do Butantã foi implantado em março de 2016. Como estratégia de reabilitação psicossocial da Rede de Atenção Psicossocial Oeste da cidade de São Paulo tem a finalidade de promover inclusão social pelo trabalho solidário e promover o resgate e estímulo à criação de territórios culturais. Tem reconhecida capacidade de interferir nas dinâmicas urbanas e na garantia de direitos às pessoas em situação de vulnerabilidade ou com problemas de saúde mental e necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
O processo de tomada de decisões é coletivo, em espaços de gestão compartilhada entre os trabalhadores dos cinco empreendimentos em atividade no Ponto (Comedoria Quiririm, Orgânicos no Ponto, Livraria Louca Sabedoria, Loja Pé a Biru e horta Quintal do Teiú).
Nesses 6 anos de funcionamento, o Ponto de Economia Solidária, em parceria com diversas instituições de ensino, se consolidou como campo de formação de profissionais e produção de pesquisas implicadas com o avanço das práticas e políticas públicas de saúde mental, previdência social, economia solidária e cooperativismo social. Tornou-se referência na comunidade fomentando o acesso à cultura, a relações solidárias, a alimentação saudável, e como espaço de acolhimento e trocas sociais, sempre em parceria com coletivos, movimentos sociais e universidades.
Compreendemos a necessidade de investimento na área de trabalho do Instituto, mas manifestamos a importância dos serviços públicos que existem no seu entorno. Acreditamos que o Ponto e o Instituto Butantan podem ser parceiros e conviver em colaboração como vizinhos e promotores de saúde.
O Ponto Butantã é vacina contra a exclusão social e contra o preconceito. Apoie essa causa!
sábado, 28 de maio de 2022
Manifesto de apoio ao Dr. Marco Antonio Silva dos Santos
As Conselheiras (os) e ativistas sociais do Butantã signatários deste Ofício solicitam a imediata intervenção da Supervisão Técnica de Saúde no processo que resultou na decisão tomada pela SPDM de demissão não justificada do Dr. Marco Antônio Silva dos Santos, médico de família da UBS Real Parque
Marco Antônio Silva dos Santos iniciou sua jornada como trabalhador médico em nossa região do Butantã na UBS Jardim Boa Vista em 2005 como Médico de Família e Comunidade, e teve um papel fundamental na formação de uma geração de médicos especializados para atender a população na atenção básica de saúde. Ajudou muito mostrando o quanto é complexo e relevante o trabalho de um médico enraizado na comunidade e em parceria com outros profissionais.
Foi orientador de médicos residentes da Faculdade de Medicina da USP e desde então está empenhado e comprometido com a formação de médicos na atenção básica com os mais altos padrões de qualidade.
Marco também trabalhou na Supervisão Técnica de Saúde do Butantã como assessor de participação popular e mobilizou eleições e o fortalecimento do controle social no SUS com a revitalização de Conselhos Gestores atuantes e críticos, como devem ser. Nessa ocasião renunciou ao salário de médico de uma organização social e aceitou receber cerca de um terço desse valor para trabalhar na Supervisão Técnica de Saúde do Butantã porque acreditou que poderia contribuir para o fortalecimento do SUS.
Nos últimos anos ele atua na UBS Real Parque como médico de FAMÍLIA e da Comunidade indígena, os Pankararus, e também imprime um padrão ouro de atendimento porque além de ser tecnicamente bem formado numa universidade pública, escolheu trabalhar em serviços públicos. É também especialista em saúde indígena e um geógrafo sensível e dedicado à questão indígena, que respeita os saberes de nossos povos originários que tanto nos tem mostrado a ladeira abaixo que esse país vem rolando ao destruir o meio ambiente.
Marco, juntamente com os trabalhadores do SUS, teve grande protagonismo nessa pandemia, fez horas extras, se expôs aos riscos e também questionou processos de trabalho que não levaram em conta a saúde dos trabalhadores da saúde, que foram submetidos a jornadas exaustivas de trabalho em nome de uma racionalidade gerencialista que não caminha junto com os princípios do SUS.
Em nossa opinião esses foram os reais motivos que levaram a SPDM a decidir por sua demissão e isso é inaceitável. O Dr. Marco precisa ser imediatamente reintegrado.
Nosso apoio não é somente para impedir o seu desemprego, pois como bom profissional que é não terá nenhuma dificuldade para recolocação profissional. Nossa indignação é com a perda desse profissional e sua contribuição em nosso território, a interrupção de vínculos de cuidado com toda uma população atendida por ele. Afinal, não somos número e a história e as contribuições desse trabalhador do SUS precisa ser respeitada!
Infelizmente as OS´s, incluída aí a SPDM, vem se mostrando refratárias ao controle social e têm adotado ações que fragilizam os conselhos gestores e na prática os transformam em um agente formal, sem o protagonismo que deveriam ter nos rumos do equipamento. Enfraquecem assim um dos pilares do Sistema Único de Saúde – SUS, que é justamente o controle social.
Por todos os motivos arrolados solicitamos a imediata e urgente intervenção da Supervisão Técnica de Saúde neste processo, exercendo assim seu legítimo papel conforme previsto na Portaria Nº 50 de 03 de fevereiro de 2022.
Certos de que poderemos contar com a sensibilidade dos gestores, agradecemos antecipadamente,
São Paulo, 27 de maio de 2022
Signatários deste Ofício:
Stella Maris Nicolau – docente da UNIFESP – participante da Rede Butantã
Sidney Castilho - Conselho Participativo Municipal - Bt - participante da Rede Butantã
Angela Aparecida Capozzolo - médica e docente aposentada da UNIFESP, Coordenadora o LEPETS (Laboratório de Estúdos e Pesquisa sobre formação e trabalho em saúde)
Sidnei José Casetto doente aposentado da UNIFESP,
Laura Camara Lima -docente da UNIFESP
Ricardo Rodrigues Teixeira - docente do departamento de medicina preventiva da Fac de Medicina da USP
Ana Flávia Pires Lucas D'Oliveira - docente do departamento de medicina preventiva da Fac de Medicina da USP
Fátima Corrêa Oliver docente de Terapia Ocupacional FMUSP - Laboratório de Reabilitação com ênfase no Território
Márcia Sandoval Gregori – participante da Rede Butantã
Conselho Gestor do Centro de Saúde Escola Samuel Bernsley Pessoa
Rede Butantã de Entidades e Forças Sociais
Werner Regenthal - participante da Rede Butantã
Ana Paiva Garcia – médica da região do Butantã
Carla Cristina Marques
Coletivo Fortalecimento da Enfermagem
Iara de Oliveira Lopes - enfermeira
Celia Maria Sivalli Campos - Profa do Depto de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da USP
Cassia Baldini Soares, professora aposentada do Depto de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da USP.
Clarissa Willets Bezerra - Docente de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Patricia Sampaio Chueiri - Docente de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Patrícia Shueiri Sampaio - Docente de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Alexandre Sizilio - Docente de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Simone Almeida da Silva- Docente de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
Juliana Gonçalves Fidelis - Enfermeira
Ana Cláudia Pires Pastori Zambon de Mendonça - Enfermeira - Prefeitura Municipal de Campinas
Associação Cultural Morro do Querosene
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Plenária Frente São Paulo pela Vida (10 de fevereiro)
A Frente São Paulo Pela Vida continua mobilizada para debater o processo de revisão do Plano Diretor e exigir que a Prefeitura cumpra com as boas práticas da administração pública: que seja pactuado um cronograma junto ao Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) e que seja apresentado um diagnóstico embasado do PDE (o que ainda não ocorreu), garantidas audiências públicas presenciais em todas as regiões da cidade, realizadas apenas quando houver um período de controle e estabilização da pandemia.
Nós da sociedade civil estamos nos preparando para esse período, num esforço ativo de diálogo com as 500 organizações da Frente SP Pela Vida, para identificar os desafios de São Paulo e propor alterações que permitam que o PDE atinja seus objetivos, sem retrocessos! Para isso será realizada plenária no próximo dia 10/02, quinta-feira, às 19h. Mais informações em breve!
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